Poupar durante a vida profissional ativa ajuda o contribuinte a aproveitar melhor a aposentadoria
A expectativa de vida dos brasileiros está próxima dos 75 anos, segundo dados do IBGE. São cerca de 17 anos a mais do que a idade média de aposentadoria, aos 58 anos. Na previdência social, o salário máximo hoje é pouco mais de R$ 5 mil.
Quem contribuiu a vida inteira para receber o teto do INSS, é provável que veja o padrão de vida cair ao depender apenas da previdência social na velhice. Por isso, é preciso se planejar desde cedo para uma aposentadoria segura e tranquila. Segundo o professor da FGV e palestrante nas áreas de Finanças, Governança e Gestão, Andriei José Beber, o ideal é que se economize, no mínimo, 20% dos rendimentos a vida inteira, destinando essa “poupança” para quando chegar a hora de encerrar o trabalho. “Caso esse montante não seja possível em alguns períodos, com os filhos todos na faculdade, por exemplo, recomenda-se guardar pelo menos 10% ao mês para esse fundo de aposentadoria, porém não esquecendo de compensar nos períodos seguintes”, aponta.
Para conseguir atingir esse objetivo, a pessoa não vai necessariamente se privar de muito, basta organizar o orçamento doméstico e se planejar. “Por exemplo: é preciso jantar fora toda sexta-feira? Não é possível celebrar a chegada do fim de semana como uma pizza em casa? Com certeza, você economizará um pouco com cada pequena ação. No final do mês, verá a diferença”, sugere Beber. Outra dica valiosa do professor para o sucesso desse processo: envolva a família inteira neste projeto de longo prazo; faça-os entender que a economia para o futuro trará bons resultados a todos. Evite o desperdício. Coloque no papel quais são todas as suas despesas e da casa e veja onde é possível economizar.