Não é de hoje que o Brasil, além dos já conhecidos problemas políticos e econômicos, está enfrentando grandes dificuldades no setor previdenciário. O assunto é realmente complexo. Envolve e afeta toda a população, que também já despertou para a importância de fazer algo em relação a isso.
Acredito que precisamos refletir e discutir mais sobre o assunto, buscando alternativas que possam, de fato, beneficiar os contribuintes e o país de forma geral. Uma das alternativas que já está sendo discutida e que poderá contribuir para isso é a mudança da idade mínima para concessão da aposentadoria. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros está próxima dos 75 anos, ou seja, a população do país está vivendo mais e aposentar-se aos 50 e poucos anos, como acontece hoje, já não é algo sustentável. Isto porque, mais adiante, o sistema ficará sem condições de funcionar.
Mas, o que mudaria, afinal? Hoje, existem duas opções de aposentadoria: a por idade, homens aos 65 anos e mulheres aos 60 anos, e a aposentadoria por tempo de contribuição, que é de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. Com a adoção da idade mínima obrigatória, todos os profissionais teriam que chegar à idade determinada (o governo cogita ser de 65 anos) para conseguir o benefício, mesmo que já tenham atingido o tempo necessário de contribuição.
Alterar a idade mínima, certamente, não é a solução para todos os problemas enfrentados no sistema previdenciário do país, especialmente pela diversidade de atividades profissionais desenvolvidas pelos brasileiros. No entanto, já é um bom começo. Lembrando que combater o rombo do INSS pode contribuir para uma significativa melhora na economia do Brasil, que vem passando por inúmeros percalços.