Por que os líderes falham? Esta é uma questão levantada constantemente em muitas empresas e organizações, que acabam se frustrando por ter visto seus líderes falharem em determinadas tarefas.
Muitos empresários e líderes ainda não compreenderam que assumir riscos e, eventualmente, falhar, é da natureza da liderança. E isto não pode ser considerado algo totalmente ruim, pelo contrário. Um líder eficaz aprende com o fracasso e avança. Entretanto, existem falhas na liderança, não necessariamente associadas à assunção de riscos, que podem comprometer e paralisar uma organização. O esforço da organização para destilar as razões e causas dessas falhas é indispensável. Negligenciar essas causas sufoca a capacidade da empresa de buscar novas oportunidades e impede o avanço das organizações.
Muitos líderes criam, involuntariamente, barreiras pessoais que corroem sua capacidade de manter os princípios de liderança, rigor metodológico e motivação. Por outro lado, o excesso de confiança conduz os líderes a superestimar sua capacidade de gerenciar o negócio, assumindo riscos demasiados na expectativa de que têm controle sobre suas consequências. É importante que os líderes compreendam que suas habilidades, conhecimento, experiência e liderança serão continuamente desafiados em um mercado cada vez mais volátil e complexo. A liderança tem de ser adaptável. Em outras palavras, o pensamento que tornou possível o sucesso de ontem pode ser, eventualmente, o mesmo pensamento que resultará em seu fracasso amanhã.
O assunto rende muitos outros comentários, mas, em resumo, acredito que duas questões são essenciais ao falarmos em liderança. Primeiro, a credibilidade de um líder é consequência de dois aspectos: o que faz – sua competência -; e o que é – seu caráter -. A discrepância entre esses cria um problema de integridade. Quando a integridade deixa de ser prioridade para um líder, a obtenção de resultados torna-se mais importante do que os meios utilizados para sua realização. É nesse momento que o líder adentra um terreno pantanoso, onde a ética é de conveniência.
Segundo, a liderança não pode ser vista como um fardo. Ela deve ser gratificante e, até mesmo, divertida. Um líder deve caminhar convencido que toda tarefa, não importando sua dimensão, lhe traz cada vez mais perto de seus sonhos.